A Mostra Interlight 2021 acontece virtualmente neste hotel assinado pelo Studio MK27, um projeto repleto de possibilidades para a criação de espaços contemporâneos, arejados, e com todo o charme de um time de arquitetos e lighting designers brasileiros que deram vida às áreas externas e internas.
O Canggu Beach Club está localizado na costa sul da Ilha de Bali, na Indonésia. A região da Praia de Canggu está atualmente passando por um processo de transformação, com várias novas casas particulares e empreendimentos surgindo entre os campos de arroz originais. A natureza exuberante resiste, atraindo turistas de todo o mundo.
O Studio MK27 localizado em São Paulo foi fundado no final dos anos 70 pelo arquiteto Marcio Kogan e hoje é composto por 30 arquitetos e vários colaboradores em todo o mundo. Os arquitetos da equipe, grandes admiradores da geração do modernismo brasileiro, buscam cumprir a tarefa de repensar e dar continuidade a este icônico movimento arquitetônico. Os projetos do Studio MK27 valorizam a simplicidade formal e são elaborados com extremo cuidado e atenção aos detalhes e acabamentos.
Kogan é membro honorário do AIA (American Institute of Architecture), professor da Escola da Cidade de São Paulo e do Politecnico di Milano, considerado pela revista Época uma das 100 pessoas mais influentes do Brasil, faz parte do “Wallpaper’s 150 Famous por 15 anos ”, e ficou em 39º lugar na Hot List de Dezeen 2017. Ele lidera uma equipe de arquitetos que, em sua maioria, trabalham com ele há mais de uma década.
Clarissa Schneider trabalha no campo das ideias e da comunicação estratégica na arquitetura e no design, apoiando profissionais, empresas e negócios, com os quais constrói um relacionamento duradouro.
Fundamentada na compreensão de valores e respeito mútuos, busca um caminho consistente, novo, fresco e inovador.
Clarissa se dedica à criação, realização e promoção de eventos culturalmente relevantes, desenvolvimento de projetos de arquitetura e design na função de curadora e consultora de tendências, baseada em competência e criatividade.
Desde os anos 2000, ela trabalha com a criação de conceitos e desenvolvimento de coleções e exposições; produtos, idealização e comunicação de projetos específicos de gerenciamento de design e arquitetura, criação de conceitos gráficos, com briefing para assessoria de imprensa, equipe de criação, e planejamento de campanhas.
Ao longo dos anos, Clarissa construiu uma rede multidisciplinar, colaborando com jornalistas, fotógrafos, arquitetos, designers, fabricantes, empreendedores, etc; que se expandiu e enriqueceu suas áreas de competência, tornando sua assinatura parte integrante do valor das marcas com as quais colabora.
Formada em Comunicação e Belas Artes, Clarissa trabalhou como redatora e diretora de redação em agências de propaganda nacionais e internacionais; foi sócia fundadora do estúdio de design Camaleão; foi diretora de redação da revista Casa Vogue por 14 anos; foi fundadora e diretora de criação da revista Bamboo por 6 anos; e trabalha atualmente com marcas de arquitetura e design.
A recepção do hotel pode ser melhor descrita como um lounge. Uma abertura no andar do Beach Club traz luz para o andar inferior, onde fica um pátio. Esse pátio define um pólo de circulação, dando acesso à loja, recepção do spa, ginásio e salão de eventos. Filtrado pela escada, toda essa área se abre para a beira do rio.
O edifício em geral é um conjunto de lajes de concreto com caixas de bambu soltas e espaços abertos entre elas.
Para reduzir o impacto visual na praia, a marquise tem um andar de altura junto à costa e aumenta gradualmente para três andares, à medida em que se move para os fundos. Todas as lajes têm a mesma projeção e o impacto na praia é muito baixo.
Num ambiente equilibrado e atmosfera pacífica, a arquitetura é discreta na paisagem ao mesmo tempo em que cria uma sucessão de volumes orgânicos que faz a alma repousar sem esforço e se entregar ao cenário a perder de vista.
A maioria do oeste de Bali é coberta pelo Parque Nacional Bali Barat. O parque de 190 km² é composto por florestas tropicais, savana seca, bosques, praias, recifes de corais e quatro vulcões extintos. Várias trilhas permitem longas caminhadas, uma oportunidade de descobrir a fascinante vida selvagem da ilha.
Uma parede de piscina infinita define a área semi-pública, que é o próprio Beach Club com bares, restaurante, loja, áreas de lazer e spa.
A principal premissa do projeto foi mesclar o edifício com a paisagem, considerando a geometria particular do local. A solução foi encontrada em uma marquise sinuosa que se estende por todo o espaço, tecida entre as árvores.
Esse dossel contínuo possui uma variedade de usos. Tem o formato de uma praça no Beach Club, onde as pessoas contemplam a vista da orla. Alimentos, bebidas, música, shows e equipamentos esportivos acontecerão na piazza, enquanto a marquise segue seu caminho para a área do Hotel, envolvendo-se aleatoriamente em torno de si mesma, para criar pátios internos que garantem vistas para todos os quartos.
Decks flutuantes sobre um espelho d‘água ladeados por uma raia servem de passagem para salas de massagem, dentro de cubos de vidro também flutuantes à esquerda, e saunas à direita.
Os cômodos, definidos por painéis de bambu e brise-soleils, se espalham sob a laje de concreto da marquise como uma vila. Não há corredores fechados. Separados por uma delicada barreira vegetal, cada quarto tem seu terraço e vista exclusivos, seja para a margem, para o rio, ou para os pátios internos.
A recepção do hotel pode ser melhor descrita como um lounge. Encontra-se perto de um rio afluente, criando um clima íntimo. Uma abertura no andar do Beach Club traz luz para o andar inferior, onde fica um pátio.
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